O privilégio de ter escolhas

Nessa semana assisti a alguns vídeos da Nath Rodrigues, que ensina educação financeira com o foco para as pessoas de baixa renda. Gostei muito de como ela aborda os assuntos, fala de um jeito direto e de experiência própria, transmitindo empatia com a complicada situação financeira de quase todo mundo.

Ao ver os vídeos voltou uma parte do texto do Alex Castro sobre o qual já escrevi aqui, de como sou uma pessoa privilegiada por poder ter essa escolha de economizar meu salário e de que pude ter uma educação financeira.

Como diz Alex, vivemos em um país injusto e desigual, onde a grande maioria das pessoas tem as suas escolhas bastante limitadas, e que este blog é escrito por uma pessoa privilegiada.

Mesmo assim estou passando o canal da Nath para várias pessoas conhecidas, e também privilegiadas, pois é impressionante o quanto poucas pessoas tem educação financeira hoje.

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A Prisão dinheiro

O escritor Alex Castro tem uma série de textos chamada As Prisões. Essas prisões seriam “as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida: as ideias pré-concebidas, as tradições mal explicadas [e] os costumes sem-sentido“.

Nessa linha, a Prisão Dinheiro nos faz refletir sobre as ideias pré-concebidas que temos da nossa relação com o dinheiro, de como devemos ou não devemos levar a nossa vida, tudo isso pontuado pela experiência pessoal do Alex e algumas formas práticas de não deixar o dinheiro se tornar para nós uma prisão.

O texto começa direto ao ponto: “O dinheiro não é o vilão. Ele nos permite viver, realizar nossos sonhos, e até salva nossa vida quando precisamos. Ter dinheiro é uma das formas mais concretas de ser livre. Entretanto, se o colocamos no centro de nosso universo, ele pode sim se tornar uma prisão” (grifos sempre meus).

Alex prossegue dizendo que viver é barato, nossas escolhas é que são caras, e que é possível viver com pouco. Concordo profundamente com estas afirmações, e acredito que é a filosofia essencial para a independência financeira.

Em seguida vem as formas práticas que Alex encontrou para sanitizar as suas finanças:

  1. Cortei tudo o que podia ser cortado
  2. Deixei os cartões em casa
  3. Nunca mais comprei nada por impulso
  4. Criei uma medida de conversão
  5. Comecei a anotar todos os gastos em uma planilha
  6. Passei a viver a vida à vista
  7. Percebi que viver no vermelho não era sustentável
  8. Percebi que nem toda dívida precisava ser paga
  9. Parei de pagar por coisas que conseguia de graça
  10. Parei de gastar tanto dinheiro comendo e bebendo na rua
  11. Parei de comprar livros
  12. Parei de ter celular
  13. Parei de ter carro
  14. Vim morar mais perto
  15. Comecei a caminhar mais

Ao meu ver todas essas atividades são importantes para melhorar as suas finanças. No meu caso as que mais tiveram impacto e que foram mais difíceis de colocar em prática foram a 13. Parei de ter carro e 14. Vim morar mais perto. A que eu ainda não consegui colocar em prática é a 10. Parei de gastar tanto dinheiro comendo e bebendo na rua.

Terminando, concordo com o Alex do horror à publicidade. Também me horroriza ter toda uma disciplina voltada para nos fazer querer coisas inúteis que antes não queríamos. Acho que nos libertar da prisão dinheiro é analisar muito bem do porque queremos o que queremos.

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Introdução

Criei este blog para registrar os aprendizados e práticas na jornada para a minha independência financeira, usando o método ERE – Early Retirement Extreme – ensinado principalmente pelo Jacob em seu site https://earlyretirementextreme.com/ e livro.

Nestes últimos anos fiz alguns experimentos na forma de lidar com meu trabalho, como redução de carga horária, maior tempo de férias e licenças não remuneradas, mas nenhum conseguiu ser satisfatório para melhorar a minha relação com ele.

Neste caminho me deparei com os ensinamentos do ERE, que fizeram muito sentido, principalmente as ideias sobre o estilo de vida mais simples, anti consumo, e faça-você-mesmo. Em sua maioria já eram comportamentos e ideais que eu já possuía.

Além de estilo de vida, um dos pontos principais do ERE é a sua taxa de poupança, ou seja, o quanto do seu salário você consegue poupar. Este é um indicados muito importante, e Jacob calcula que em cincos anos é possível se aposentar se a sua taxa de poupança for de mais de 75%.

Meu plano é atingir a independência financeira entre 8 a 10 anos, com a minha taxa de poupança atual de 65%. Será viável atingir esta meta, principalmente neste tempos de reforma da previdência, e idades mínimas de aposentadoria só aumentando?

É o que eu me proponho a tentar descobrir, e compartilhar esta experiência aqui. Vamos comigo?

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