O escritor Alex Castro tem uma série de textos chamada As Prisões. Essas prisões seriam “as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida: as ideias pré-concebidas, as tradições mal explicadas [e] os costumes sem-sentido“.
Nessa linha, a Prisão Dinheiro nos faz refletir sobre as ideias pré-concebidas que temos da nossa relação com o dinheiro, de como devemos ou não devemos levar a nossa vida, tudo isso pontuado pela experiência pessoal do Alex e algumas formas práticas de não deixar o dinheiro se tornar para nós uma prisão.
O texto começa direto ao ponto: “O dinheiro não é o vilão. Ele nos permite viver, realizar nossos sonhos, e até salva nossa vida quando precisamos. Ter dinheiro é uma das formas mais concretas de ser livre. Entretanto, se o colocamos no centro de nosso universo, ele pode sim se tornar uma prisão” (grifos sempre meus).
Alex prossegue dizendo que viver é barato, nossas escolhas é que são caras, e que é possível viver com pouco. Concordo profundamente com estas afirmações, e acredito que é a filosofia essencial para a independência financeira.
Em seguida vem as formas práticas que Alex encontrou para sanitizar as suas finanças:
- Cortei tudo o que podia ser cortado
- Deixei os cartões em casa
- Nunca mais comprei nada por impulso
- Criei uma medida de conversão
- Comecei a anotar todos os gastos em uma planilha
- Passei a viver a vida à vista
- Percebi que viver no vermelho não era sustentável
- Percebi que nem toda dívida precisava ser paga
- Parei de pagar por coisas que conseguia de graça
- Parei de gastar tanto dinheiro comendo e bebendo na rua
- Parei de comprar livros
- Parei de ter celular
- Parei de ter carro
- Vim morar mais perto
- Comecei a caminhar mais
Ao meu ver todas essas atividades são importantes para melhorar as suas finanças. No meu caso as que mais tiveram impacto e que foram mais difíceis de colocar em prática foram a 13. Parei de ter carro e 14. Vim morar mais perto. A que eu ainda não consegui colocar em prática é a 10. Parei de gastar tanto dinheiro comendo e bebendo na rua.
Terminando, concordo com o Alex do horror à publicidade. Também me horroriza ter toda uma disciplina voltada para nos fazer querer coisas inúteis que antes não queríamos. Acho que nos libertar da prisão dinheiro é analisar muito bem do porque queremos o que queremos.